Operação prende GCM e PM de Araras suspeitos de ligação com o Comando Vermelho do RJ
05/05/2025
(Foto: Reprodução) Os 2 eram responsáveis por executar membros do PCC, que é uma facção rival, diz DIG. Prefeitura de Araras diz que colabora com diligências, e SSP ainda não se manifestou. GCM e PM de Araras são presos em operação
Um guarda civil municipal e um policial militar de Araras (SP), suspeitos de ligação com uma facção criminosa, foram presos em operação da Polícia Civil, nesta segunda-feira (5). Além deles, foram cumpridos outros nove mandados de prisão temporária.
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O objetivo da operação é barrar uma tentativa de expansão da facção criminosa fluminense Comando Vermelho (CV) no interior de São Paulo, segundo a Delegacia de Investigações Gerais de Limeira. Um guarda civil de Araras segue foragido.
Segundo a Polícia Civil, o PM e o GCM se aliaram ao CV e eram responsáveis por executar membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), que é uma facção rival.
A prisão do GCM na Operação Hitman aconteceu em um hotel de Gramado (RS). O integrante da corporação foi encaminhado ao presídio de Canela, também na serra gaúcha, e passaria por audiência de custódia. Já o PM, de 39 anos, foi preso em Leme (SP). (veja abaixo o posicionamento da Secretaria de Segurança Pública).
As demais prisões aconteceram em Araras. Houve, ainda, cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão. As identidades dos presos não foram divulgadas.
Os documentos preliminares também indicaram que eram armazenadas armas e drogas nas cidades, consideradas como estratégicas para a chamada 'Rota Caipira'.
GCM de Araras é alvo de operação da Polícia Civil
Polícia Civil/Divulgação
A operação também analisou múltiplos homicídios, consumados e tentados nos últimos anos, por meio de emboscadas e uso de armamento sofisticado, contra uma facção paulista.
Além disso, os agentes encontraram o que classificaram como um "arsenal de armas frias", com itens como luvas, monóculo, balaclavas e coletes balísticos. Dois carros dublês também foram apreendidos.
Os suspeitos presos na região foram encaminhados para a Cadeia Pública de Limeira.
O delegado Leonardo Burger, da DIG/Dise de Limeira, não descartou a possibilidade de outros agentes públicos estarem envolvidos.
"O objetivo daqui para frente é identificar mais membros, elucidar mais crimes e reunir uma quantidade de elementos significativa. Assim a gente consegue encaminhar [o caso] ao Ministério Público, a fim de que esses indivíduos presos hoje possam pegar condenações importantes", afirmou.
A operação é da Polícia Civil de Limeira, com apoio do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), do Grupo Especial de Reação (Ger) de São Paulo e da Corregedoria da PM. A Polícia Federal prestou apoio com questões técnicas.
O que dizem a Prefeitura de Araras e a SSP
À EPTV, afiliada da TV Globo, a Prefeitura de Araras informou que acompanhou a operação e colabora com as diligências das autoridades.
O g1 questionou a SSP sobre a prisão do policial e recebeu a seguinte nota:
Policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira deflagraram, nesta segunda-feira (5), a Operação Hitman, voltada ao combate de uma organização criminosa envolvida em diversos crimes, incluindo roubo, tráfico de armas e drogas, adulteração de sinais identificadores de veículos, corrupção ativa e passiva, além de homicídio.
A operação contou com o apoio de equipes do GARRA/Dope, das delegacias de Conchal, Araras e Pirassununga, da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo, da Polícia Civil do Rio Grande do Sul e da Polícia Federal.
Ao todo, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão temporária. Entre os presos estão um policial militar, de 39 anos, detido na cidade de Leme (SP), e um guarda civil, localizado na cidade de Gramado (RS). As investigações continuam com o objetivo de identificar outros envolvidos e esclarecer todos os detalhes do caso.
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